11/03/2008

Da cópia, ao original.

Fim de ano. Provas, medo, estresse, cansaço, expectativas, alívios, mudanças, mas principalmente - pelo menos no meu caso -, dor. Dor de uma saudade tão antecipada e que eu não posso conter de forma alguma. Quem me dera contê-la, seria tão mais fácil viver esses dois últimos meses do ano sem senti-la quase vinte e quatro horas por dia.
Quase vinte e quatro horas por dia... A gente se fala quase vinte e quatro horas por dia! E quem imaginou que seríamos assim? Que a nossa amizade cresceria tanto assim? Eu nunca nem cogitei essa possibilidade... Talvez eu não seja tão sensitiva quanto imagino. Mas no nosso caso eu nem faço questão de pressentir, eu prefiro saber, com a maior certeza que eu puder ter. E eu tenho.
Hoje, eu sei que um engano seu provocou uma reviravolta completa na minha vida. Eu, ainda tão abalada por ter mudado de colégio e ter ficado tão distante de tantas melhores amigas, fui me deparar logo com você no meio do meu caminho, no meio de uma gigantesca rede de computadores interligados, no meio daquele colégio imenso em que a gente praticamente vive. E em você eu fui encontrar o melhor amigo que eu poderia ter em toda a minha vida - disso eu não tenho nem dúvida. Foi aos poucos, entre trancos e barrancos, entre bons e maus momentos, entre surpresas e previsibilidades que a gente construiu a nossa amizade. No final, acho que a gente acabou é se construindo mesmo. Porque, sinceramente, eu não sei como eu seria hoje se você não estivesse por perto pra adicionar, subtrair ou apenas ressaltar em mim algumas características.
É, quase um ano e você sempre por perto. Sempre me ajudando, me cobrando, me irritando, me animando e muitos outros andos por aí... E agora eu ando, ando pensando em como vai ser ano que vem. Em como serão os próximos 365 dias que temos pela frente. Você não vai estar mais tão perto e eu sei que eu vou sentir falta da sua presença diária. Falta do seu apoio, do seu abraço, do seu carinho, da sua disposição, das suas piadas, da sua coragem, da sua sinceridade, da sua espontaneidade e do seu jeito único de ser, ser sempre aquele melhor amigo. Aquele que eu não quero trocar e que eu não vou substituir jamais. Porque igual à você não tem. Você é o meu original, e a cópia não vive mais sem o original.
Como eu disse, fim de ano... Além de todas aquelas outras coisas que eu já citei, junto com o fim de ano vem também algumas promessas. E como a gente entende de promessas, não?! Eu sei, eu já te prometi um bocado de coisas, pelo menos que eu me lembre. Mas eu garanto que tudo que eu prometi, eu vou cumprir. E por isso mesmo aqui vai mais uma promessa: eu prometo que por mais finais de ano que possam passar pela gente, nunca vai ser realmente o fim. O fim não vai existir, nunca. Você pode não acreditar mais no termo 'pra sempre', mas quando se trata de amizade - ainda mais de uma amizade como a nossa - eu ainda acredito.
E tudo que eu sinto por você, além de ser a mais pura verdade, é pra sempre.


Ps.: Indiscutivelmente pro Fábio.

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